O governo do Irã revelou nesta terça-feira (5) que solicitou à Interpol a detenção de Donald Trump e de 47 militares, entre autoridades do Pentágono e oficiais integrantes das forças estadunidenses presentes no Iraque, por suas responsabilidades no assassinato do general Qassem Soleimani.
O líder militar iraniano morreu no dia 3 de janeiro de 2020, quando estava em um local próximo ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, que foi alvo de um bombardeio realizado pelo exército dos Estados Unidos.
Segundo a agência de notícias iraniana Fars, o país quer que a Interpol emita um “alerta vermelho”, o aviso de mais alto nível da organização, que implica em uma ordem enviada a todas as agências no mundo inteiro para localizar, capturar e prender provisoriamente uma pessoa pendente de extradição ou ação legal semelhante.
No entanto, o alerta da Interpol não tem a força de um mandado de prisão, ou seja, mesmo que a entidade aceite o pedido iraniano, isso não obriga as autoridades dos Estados Unidos a cumprir tal determinação.
O Irã acusa Trump e 47 militares estadunidenses pelos crimes de terrorismo e assassinato. A iniciativa não é nova, e durante 2020, a entidade manteve a postura de se distanciar do tema, alegando que seu estatuto proíbe “realizar qualquer intervenção ou atividade de caráter político, militar, religioso ou racial”, e que só atuaria nesse caso mediante decisão de um tribunal internacional a respeito.