Esta semana foi marcada pelo propagar da devastação na Amazônia e no Pantanal, e também pelas consequências dessas duas tragédias, especialmente no âmbito internacional, com vários países manifestando seu repúdio às políticas ambientais brasileiras (ou a falta delas).
Nesse sentido, a Alemanha voltou a ser notícia nesta quinta-feira (17), quando a chanceler Angela Merkel respondeu os questionamentos de um grande grupo de membros do parlamento do seu país sobre a posição do país com respeito às queimadas no Brasil – especialmente do Partido Verde, que chegou a elaborar uma lista de perguntas para ser entregue à chanceler.
Segundo informações do canal alemão Deutsche Welle, a reação da líder alemã teve como objetivo evidenciar uma distância entre o seu governo e o de Jair Bolsonaro, considerado pelos europeus como um dos principais responsáveis pela situação atual nesses que estão entre os dois maiores biomas existentes o mundo.
Merkel afirmou aos deputados alemães que “está cada vez mais difícil colaborar com o governo brasileiro nessa área (preservação do meio ambiente)”.
Em outro questionamento dos deputados alemães, Merkel manifestou não acredita que seja possível um golpe de Estado no Brasil, considerando o cenário político atual do país.
Vale lembrar que esta não é a primeira crítica internacional que o Brasil recebeu nesta semana relativo à situação na Amazônia e no Pantanal.
Na terça, um grupo de embaixadores de 8 países europeus (incluindo a Alemanha) enviou uma carta ao vice-presidente Hamilton Mourão (na sua qualidade de chefe do Conselho da Amazônia) com um ultimato sobre questão ambiental: disseram que o Brasil tinha que assumir suas responsabilidades na preservação das florestas e das comunidades indígenas.