Nesta sexta-feira (11), o governo dos Estados Unidos anunciou que confeccionou um novo acordo de paz no Oriente Médio, desta vez entre Israel e Bahrein.
O presidente Donald Trump comentou o acordo, que classificou de “histórico”, e disse que os dois estados concordaram em reestabelecer relações, e produzirão em breve um comunicado conjunto com os Estados Unidos. “É inimaginável que isto possa acontecer, e tão rápido”, declarou o presidente, felicitando a si mesmo.
A assinatura acontece cerca de um mês depois dos Emirados Árabes Unidos terem assumido uma postura semelhante, de iniciar a normalização suas relações diplomáticas. Durante esta semana, inclusive, Trump chegou a ser lançado como candidato ao Prêmio Nobel da Paz de 2021 (do ano que vem) graças a essa iniciativa. É provável que o acordo desta sexta reforce essa candidatura.
Analistas estadunidenses acreditam que os dois acordos fazem parte de uma estratégia do republicano, que está em plena campanha eleitoral por sua reeleição, para reforçar sua imagem como figura que representa a paz mundial.
Por outro lado, não é a primeira vez que Trump aposta nessa tática. Em janeiro, ele anunciou o que chamou de “Acordo do Século”, que, segundo, selaria a paz definitiva entre Israel e Palestina, mas que, na prática, nunca foi aceito pelos palestinos – tanto é assim que o anúncio foi feito pelo presidente junto com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, que naquele então também competia por sua reeleição, e sem a presença de Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina).