Beirute tem mais um dia de protestos contra o governo e dois ministros renunciam

População culpa classe política pela explosão no porto da capital do Líbano que matou mais de 150 pessoas

Foto: Reprodução/CNN
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Os protestos contra a classe política continuaram neste domingo (9) em Beirute, no Líbano, e dois ministros pediram demissão.

A polícia, como nos dias anteriores, reprimiu manifestantes com bombas de gás e agressões. Alguns responderam atirando pedras nos agentes. Prédios do governo também foram novamente alvo da população.

Nas redes sociais, novos protestos foram convocados à tarde na Praça dos Mártires, no centro da capital libanesa. "Preparem as forcas, porque nossa raiva não será extinta da noite para o dia", diziam as postagens.

Os manifestantes culpam a classe política pela explosão da última terça-feira (4), no porto da cidade, que matou mais de 150 pessoas e feriu cerca de 6.000. Os protestos tem se intensificado desde o dia seguinte à tragédia e pedem a saída de todo o governo do primeiro-ministro Hassan Diab.

Diante da repercussão, a ministra da Informação, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia neste domingo (9), dizendo que o governo "falhou em corresponder às aspirações do povo libanês". Pouco depois foi a vez do ministro do Meio Ambiente, Damianos Kattar, deixar o cargo, também com críticas ao premiê.

No sábado (8), manifestantes invadiram os prédios de dois ministérios (Relações Exteriores e Energia). Diab chegou a anunciar que chamará eleições parlamentares antecipadas, mas não apresentou datas.

Com informações de agências internacionais