Polícia de Nova Jersey cobra conta por “horas extras” a ativista do Black Lives Matter

A estudante Emily Gil terá que pagar 2,5 mil dólares por organizar um protesto contra a violência policial sofrida pela comunidade negra, e também pela falta de moradias populares na cidade de Englewood Cliffs, onde mora

Reprodução/Twitter
Escrito en GLOBAL el

Uma adolescente do estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, recebeu uma conta de 2,5 mil dólares do Departamento de Polícia da sua cidade (Englewood Cliffs), por organizar um evento de apoio ao movimento Black Lives Matter, o qual, segundo a instituição, teria obrigado os polícias a fazer horas extras para atuar durante o evento.

A manifestação em questão aconteceu no dia 25 de julho, e foi organizada pela ativista Emily Gil, uma estudante de 18 anos apoiadora do Black Lives Matter. O protesto na pequena Englewood Cliffs reuniu entre 30 e 40 pessoas e reclamou não só da violência policial contra a comunidade negra mas também da falta de moradias populares na cidade.

No entanto, o prefeito de Englewood Cliffs, Mario Kranjac, alega que a ativista não comunicou o Departamento de Polícia com a devida antecipação, o que teria levado a considerar a escolta da manifestação como uma “hora extra”.

Por sua parte, Emily Gil assegura que apresentou sim todos os requerimentos pertinentes e dentro do prazo, e que somente não participou de uma reunião presencial solicitada pela polícia, a qual pediu antecipadamente para não comparecer, devido às suas preocupações com o coronavírus – ela já teria perdido dois parentes vítimas da pandemia.

“As autoridades de Englewood Cliffs estão tentando intimidar e silenciar as pessoas que defendem o Black Lives Matter e que defendem que a prefeitura seja tenha mais atenção ao problema da moradia na cidade”, reclamou a estudante e ativista.