Dirigente do “MBL argentino” faz ameaças de morte a Cristina Kirchner

Cristina Kirchner (Foto: Divulgação)
Escrito en GLOBAL el

A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, recebeu nesta quinta-feira (27) uma ameaça de morte do influencer liberal Eduardo Prestofelippo, dirigente e ex-candidato a deputado (não eleito) do Partido Libertário, na província de Córdoba.

Prestofelippo é mais um representante da nova direita latina “ultraliberal na economia e ultraconservadora em termos de direitos civis”. Em sua batalha contra o governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, ele vem promovendo as manifestações antiquarentena, que descreve como “explosão social”, e considera as medidas de isolamento como “um ataque da esquerda às liberdades individuais”.

Na mensagem publicada nesta quinta, junto com uma foto da vice-presidenta, o influencer escreveu: “Você não vai sair VIVA desta explosão social. Vai ser a primeiro – junto com suas crias políticas – a pagar por todos os danos que causaram. VOCÊ TEM POUCO TEMPO”.

https://twitter.com/ElPresto2Ok/status/1299044941759483905

Curiosamente, ele não teve coragem de linkar diretamente a conta de Kirchner no Twitter, apenas usou uma foto dela. Através dos seus advogados, a também ex-presidenta argentina (governou o país entre 2007 e 2015) já avisou que tomara todas as medidas legais pertinentes contra o autor da ameaça.

O influencer também ajudou a convocar uma mobilização em frente ao Congresso Nacional em repúdio à reforma judicial que está sendo votada nesta semana no Senado – que é presidido justamente por Cristina Kirchner, já que, na Argentina, a presidência do Senado sempre é ocupada por quem está na vice-presidência do Poder Executivo.

Apesar de se definir como “libertário” e fazer parte de um partido que também leva esse nome, Eduardo Prestofelippo é conhecido por seu discurso xenófobo e machista. Sua postura e a do seu Partido Libertádio são muito parecidas com as do MBL no Brasil, com forte repúdio ao movimento feminista, e aos que chamam de “canalhas dos direitos humanos”. Também costumam pregar o slogan “construir a pátria matando bandidos”.