Em busca de continuar ganhando apoio nas pesquisas, para conseguir sua reeleição no dia 3 de novembro, o presidente estadunidense Donald Trump lançou um novo programa social no qual pretende gastar cerca de 1 bilhão de dólares, para beneficiar, numa tacada só, os pequenos e médios agricultores e algumas famílias pobres dos Estados Unidos.
O nome do programa, em tradução livre, seria algo como “Caixas de Comidas de Fazendeiros às Famílias”, um modelo que consiste na compra da produção agrícola e pecuária de pequenos e médios fazendeiros e granjeiros, que abastecerá as chamadas “caixas de alimentos”, as quais, por sua vez, serão distribuídas a famílias consideradas em “estado de vulnerabilidade social”.
Se você teve uma sensação de déjà vu a ler a descrição acima, significa que talvez lembre do que foi o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), criado no Brasil em 2004, pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva – mas que também inspirou iniciativas da FAO (Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e entidades ligadas a ela, em diversos países do mundo, portanto, pode ter conhecido outro programa que, como o estadunidense, pode ter se inspirado na política petista.
Em comunicado, a Casa Branca afirmou que o objetivo do programa é “mitigar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, com a criação de cerca de 70 milhões de ‘caixas’, que serão distribuídas por organizações sem fins lucrativos, beneficiando milhões de famílias e milhares de pequenos produtores”.
A campanha de Trump espera que, com esta medida, sua candidatura continue subindo nas pesquisas. Em agosto, o atual presidente saltou de 41% para 46%, segundo a medição mensal da CNN, mas continua em segundo lugar, apesar de o seu principal adversário, Joe Biden, também ter registrado queda em proporção importante, de 54% a 50%.
Os Estados Unidos também são o país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, seja no quesito da saúde ou da economia. Além dos mais de 5,8 milhões de contagiado pela covid-19, com 178 mil mortes, o país também registra 39 milhões de norte-americanos desempregados e cerca de 20 mil negócios fechados somente em 2020.