Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (14) pelo CELAG (Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica) sobre o panorama político e social do Equador aponta o movimento político FCS (Força Compromisso Social), liderado pelo ex-presidente Rafael Correa, como favorito para vencer as eleições presidenciais de fevereiro de 2021.
Apesar de o FCS ainda não ter definido quem será seu representante, e do fato de que o próprio Rafael Correa não poderá ser candidato – devido aos processos que sofre na Justiça, que o mantém em asilo político na Bélgica, país de nascimento de sua esposa –, a pesquisa mostra que a opção que tem mais intenções de voto é a do “candidato de Rafael Correa”, que reúne 31,4%.
O segundo colocado na pesquisa é o Otto Sonnenholzner, que chegou a ser vice-presidente durante boa parte do mandato de Lenín Moreno, mas que se afastou do cargo para ser o candidato governista nas próximas eleições. Ele tem 27,3% das preferências.
Em terceiro lugar, se observa um empate entre o banqueiro Guillermo Lasso e a opção “candidato do Movimento Indígena”, ambos com 16% das intenções.
?? Les resumimos en 3 postales algunos de los principales datos de nuestra encuesta en Ecuador
— CELAG (@CELAGeopolitica) August 14, 2020
? Mala evaluación de gestión de @Lenin
? 9 de cada 10 vio afectados sus ingresos por la pandemia
? El correismo encabeza en intención de votohttps://t.co/pMEkokxQR8 pic.twitter.com/eDOso1uPMg
De acordo com a lei eleitoral do Equador, os candidatos podem ser registrados entre 18 de setembro e 7 de outubro, e se espera que o FCS e o Movimento Indígena definam seus representantes até lá.
Contudo, alguns analistas políticos equatorianos especulam com a possibilidade de Correa oferecer aos indígenas um acordo similar ao que fez Cristina Kirchner em 2019, colocando o peronista moderado Alberto Fernández como cabeça de chapa para surpreender a direita. Se os percentuais do FCS e do Movimento Indígena puderem ser somados, essa candidatura passaria a ter chance de vencer ainda no primeiro turno.