A modelo estadunidense Bella Hadid é conhecida no mundo não só pelo seu trabalho como por sua postura política de exibir a origem palestina de sua família como forma de defender a causa. Pois essa iniciativa sofreu com um ato de censura nesta terça-feira (7), quando o Instagram simplesmente censurou uma foto da modelo por conter a palavra “Palestina”.
Hadid publicou em seus stories uma imagem onde se via a foto do passaporte do seu pai, Mohamed Hadid, ao lado dos seus dados pessoais, entre os quais estava o local de nascimento: “Palestina”.
No entanto, o Instagram apagou a foto horas depois. Em seguida, Hadid recebeu uma mensagem interna, dizendo que a medida se deu por “violação das regras da rede social”, mas sem especificar exatamente que regra teria sido violada.
O regulamento do Instagram, rede social pertencente ao Facebook, prevê a censura do conteúdo somente em casos que configurem “violência gráfica, linguagem que incita o ódio, assédio e intimidação, ou em casos de nudez e atividade sexual”. A imagem do passaporte do pai de Hadid não deveria se enquadrar em nenhum desses exemplos.
“Qual parte do meu orgulho pelo local de nascimento do meu pai ser a Palestina, é considerado `assédio, violência gráfica ou nudez sexual´?”, questionou ironicamente a modelo.
“Tenho muito orgulho da minha origem, mas infelizmente parece que é proibido ser palestino no Instagram”, alfinetou Hadid, que também afirmou que acusou a redes social de cometer “assédio moral”.
A modelo também disse que estuda medidas legais contra a ação do Instagram. “Eles não podem apagar a história silenciando as pessoas. Isso não funciona dessa maneira”, completou.
Além de modelo, Bella Hadid também é famosa por seu ativismo político. Em 2017, ela chegou a participar de uma marcha em Londres contra a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. “O tratamento dado ao povo palestino é injusto, unilateral e não deve ser tolerado”, declarou ela, na ocasião.