Após a confirmação de dois casos de peste bubônica na cidade de Bayan Nur, as autoridades de saúde da China emitiram um alerta de nível 3 (o segundo mais baixo, em um sistema de quatro níveis onde o nível 1 é o mais alto) em várias regiões do norte do país.
Entre as recomendações impostas, as autoridades de saúde pediram à população evitar a caça, consumo ou transporte de animais potencialmente infectados, principalmente marmotas, roedor que teria sido vetor dos casos na Mongólia, anteriores aos identificados na China.
As agências de notícias chinesas informam que os dois casos oficiais até o momento evoluem satisfatoriamente, e que não há risco de morte. Porém, alguns especialistas dizem que a doença pode ter surgido na região há alguns meses, e as autoridades já admitem que haverá uma investigação de mortes recentes consideradas “repentinas”, para detectar se poderiam estar relacionadas com a praga.
Enquanto isso, na Mongólia, o Centro Nacional de Controle Zoonótico da Mongólia que 650 pessoas tiveram contato direto ou secundário com duas pessoas que testaram positivo e ficarão em observação.
A peste bubônica, causada pela bactéria Yersinia pestis, é transmitida principalmente por pulgas entre animais de pequeno porte e seus sintomas são semelhantes aos da gripe, incluindo febre, dores de cabeça, e vómitos – os gânglios linfáticos mais próximos do local onde a bactéria penetrou na pele podem encontrar-se inchados e dolorosos, e em alguns casos esses gânglios inflamados podem abrir-se.
A peste bubônica foi uma das doenças mais devastadoras da história da humanidade. Se estima que sua pandemia, durante a Idade Média, chegou a matar cerca de 100 milhões de pessoas na Ásia e na Europa, especialmente no seu auge, entre os anos de 1347 e 1351. Alguns historiadores afirmam que a praga dizimou entre 30% e 50% da população da Europa em sua época.