Um manifesto publicado nesta sexta-feira (3), assinado por cerca de 320 personalidades políticas, acadêmicas e científicas da América Latina, condenou a tentativa de Israel de anexar território da Cisjordânia que hoje é administrado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Entre as importantes figuras que apoiaram o manifesto se destacam 7 ex-presidentes de países da região, começando por dois brasileiros: Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Outros ex-presidentes que defenderam esta posição foram o uruguaio Pepe Mujica, o boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael Correa, o paraguaio Fernando Lugo e o colombiano Ernesto Samper.
O manifesto afirma, entre outras coisas, que “as violações de Israel contra a soberania palestina e sua impunidade pelos atos cometidos estão aumentando em gravidade da situação”. Outro trecho lembra que o povo palestino “viveu durante décadas sob o regime israelense de ocupação, colonização e apartheid”, como foi reconhecido em 2017 pela Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental, que pede o fim dessa avançada.
O texto também pede à Assembleia Geral das Nações Unidas, responsável pelo surgimento do Estado de Israel, em 1947 – que seja capaz de “produzir sanções legítimas e eficazes” contra o governo de Benjamin Netanyahu, incluindo um embargo militar e outras medidas para evitar a anexação da Cisjordânia.
Finalmente, o manifesto solicita o início de uma investigação contra Israel pelo Tribunal Penal Internacional, sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos nos territórios palestinos ocupados desde 1967.