Com coronavírus controlado, China se torna primeira grande economia mundial a mostrar recuperação

Exemplo do gigante asiático, que superou expectativas do mercado e registrou crescimento de 3,2% em sua economia no segundo trimestre, mostra que reativação econômica só é possível após superação da pandemia

Foto: Agência Brasil/Tyrone Siu
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Com o coronavírus relativamente controlado no país – apesar dos temores, há várias semanas, de que uma segunda onda da pandemia poderia surgir –, a China voltou a surpreender o mercado, ao apresentar um crescimento de 3,2% da sua economia no segundo trimestre de 2020, segundo números do Escritório Nacional de Estatística, difundidos pela agência chinesa Xinhua.

Esse resultado faz com que a potência asiática seja a primeira das grandes economias do mundo a mostrar sinais de recuperação. Nos três meses anteriores, quando a China foi o epicentro da pandemia do novo coronavírus, foi registrada uma queda de 6,8%, na que foi a primeira contração vivida no país desde 1976.

A atividade econômica entre os meses de abril e junho superou as previsões mais otimistas do mercado. Por exemplo, os analistas consultados pelo site Bloomberg, especializado em notícias econômicas, esperavam um crescimento de no máximo 2,4%.

Segundo especialistas, a recuperação chinesa está baseada na recuperação da produção industrial, mas ainda precisa ser acompanhada de um crescimento no varejo. Em comparação com o tamanho da economia chinesa em junho de 2019, os valores pós-pandemia são 1,6% menores, o que ainda é reflexo do período de maior número de contágios por coronavírus no país.

De qualquer forma, o exemplo do gigante asiático mostra que reativação econômica só é possível após superação da pandemia do coronavírus.

“A recuperação da China vem sendo mais forte do que a do resto do mundo, pois o país está se beneficiando do controle efetivo da epidemia e do processo ordenado de normalização. No segundo semestre, no entanto, creio que esse movimento de recuperação será mais suave”, comentou Zhu Haibin, economista-chefe do banco JP Morgan para assuntos sobre a China.