A equipe de Washington, uma das mais tradicionais da NFL (Liga Nacional de futebol americano dos Estados Unidos), anunciou nesta segunda-feira (13) que vai mudar o nome e a marca da franquia, até então conhecida como Redskins (“peles vermelhas”).
A decisão tem a ver com o fato de que o termo “peles vermelhas” é considerado pejorativo e ofensivo para as comunidades indígenas dos Estados Unidos, o que faz a mudança ter relação com a onda de protestos antirracistas no país desde o assassinato de George Floyd, em maio passado, e a série de ataques a estátuas de outros monumentos de figuras históricas responsáveis pela escravidão e pelo genocídio de indígenas.
O time de Washington enfrenta polêmicas há anos com relação ao nome recentemente abandonado. Muitos defendem há tempos o abandono do nome “redskins”, enquanto outros alegam que essa mudança significaria “ceder à patrulha do politicamente correto”.
Finalmente, a pressão dos patrocinadores da empresa parece ter sido o fator decisivo. Só a empresa de entregas FedEx, que paga cerca de 8 milhões de dólares por ano ao time, ameaçou cortar todo o seu apoio caso fosse mantido o nome.
A mudança já está confirmada, mas o novo nome ainda não. O dono do time, o empresário Daniel Snyder, contou em entrevista o New York Times que haverá um processo interno para escolher o novo nome, e que passará por uma consulta com “os patrocinadores corporativos e os torcedores, os mesmos que pressionaram pela mudança do nome e do logotipo, e que precisamos ouvir para poder tomar a decisão sobre o novo nome”.
O time de Washington manteve o nome de Redskins desde 1937, e com ele venceu três vezes o Super Bowl, principal título do futebol americano: nos anos de 1982, 1987 e 1991.