O caso aconteceu no dia 8 de junho, na cidade de Fallon, no estado norte-americano de Nevada, mas o vídeo só viralizou recentemente. Nas imagens, é possível ver três homens, dois deles, com capuz da Ku Klux Klan caminhando na direção contrária a uma marcha antirracista em homenagem a George Floyd, com o claro intuito de chocar de frente com os manifestantes, em ação provocadora.
Além dos capuzes da Ku Klux Klan, um dos homens carregava duas bandeiras: uma dos Estados Unidos, e a outra era uma bandeira da campanha de Donald Trump à reeleição.
A polícia local, que acompanhava a manifestação antirracista, se antecipou ao encontro dos dois grupos e impediu que os provocadores se aproximassem da marcha. Um dos policiais fez uma advertência aos três homens e os obrigou a dar meia volta e a deixar o local, enquanto os manifestantes gritavam seus insultos contra o trio.
No vídeo, também é possível ver uma ativista negra que se adianta à marcha e pede aos demais manifestantes que não caiam na provocação dos racistas.
Right after we concluded our peaceful protest. pic.twitter.com/L1gb7oynJZ
— ??? ?????? (@MayMayZeller) June 9, 2020
A Ku Klux Klan (ou KKK, sigla pela qual é conhecida) é um movimento de extrema-direita defensor da supremacia branca nos Estados Unidos. Surgiu no interior do país em meados do Século XIX, após a derrota dos escravagistas do Sul na Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-1865), e se caracteriza, em termos de vestuário, pelo capuz branco pontiagudo, como os utilizados pelos dois provocadores de Fallon.
Se supõe que o idealizador da KKK foi o general Nathan Bedford Forrest, cujo principal objetivo era impedir que a vitória do Norte, que significou a libertação dos escravos negros, resultasse também na integração social destes à sociedade estadunidense.
Com o tempo, a organização passou a ser a principal promotora no país de diversos tipos de preconceitos, incluindo o antissemitismo, a islamofobia e a discriminação contra imigrantes de uma forma geral.