Nesta quarta-feira (10), o governo da Argentina reativou sua história reivindicação por um “pleno exercício da soberania sobre os territórios insulares e os espaços marítimos ocupados” das Ilhas Malvinas.
Segundo o chanceler argentino, Felipe Solá, o objetivo é retomar as negociações “o mais rápido possível”. Para isso, o país publicou uma declaração especial nesta quarta, em que o país comemora o Dia da Afirmação dos Direitos da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, na qual reiterou seu “direito inalienável” a esses territórios.
O pedido argentino será entregue oficialmente ao Reino Unido através de um informe que inclui as 10 resoluções da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e 37 resoluções do Comitê Especial de Descolonização, também ligado à ONU. A mais recentes dessas resoluções foi publicada em agosto de 2019. “Todos documentos que contam com amplo respaldo da comunidade internacional”, destaca o pedido sul-americano.
“O povo argentino mantém a questão das Malvinas com condenação há 187 anos e continuará a fazê-lo até que nossa bandeira voe sobre as ilhas novamente", Daniel Filmus.
“A recuperação do pleno exercício de nossa soberania sobre os territórios insulares e os espaços marítimos ocupados, respeitando o modo de vida de seus habitantes e de acordo com o Direito Internacional, constitui um objetivo permanente e inalienável de todos os argentinos”, afirma o comunicado.
Além disso, o governo de Alberto Fernández está trabalhando em três projetos de lei relacionados a essa reivindicação. Um deles visa reforçar as sanções contra a pesca ilegal na região marítima da Argentina.
Em seu discurso de posse, em dezembro de 2019, Fernández destacou que o país retomaria sua luta por recuperar o território, que foi abandonada durante os quatro anos de governo do seu antecessor, Mauricio Macri. “Não há mais lugar para o colonialismo no século XXI”, afirmou o presidente argentino, durante aquele evento.