A Polícia de Minesota, nos Estados Unidos, jogou mais pólvora nos protestos que acontecem na cidade de Minneapolis, onde um policial branco assassinou o negro George Floyd asfixiado com o joelho no pescoço do homem, que já se encontrava rendido.
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Durante a cobertura dos atos na manhã desta sexta-feira (29), o repórter Omar Jimenez, que é negro, da emissora CNN, foi preso durante uma transmissão ao vivo, mesmo após se identificar aos policiais. A equipe que o acompanhava - um produtor e um operador de câmera - também foi algemada e presa.
A prisão incendiou ainda mais os protestos em Minneapolis e agora ganha as redes sociais com a hashtag #FreeOmar, pela libertação do jornalista.
Trump
Na madrugada desta sexta-feira (29), o Twitter ocultou uma mensagem de Donald Trump por “enaltecimento à violência” no texto em que o presidente dos Estados Unidos diz que colocará as Forças Armadas para reprimir os protestos que acontecem em Minneapolis após o brutal assassinato de George Floyd.
Na mensagem – que ainda está disponível, mas exibe uma tarja dizendo que a publicação violou as regras do Twitter sobre “enaltecimento da violência” -, Trump chama os manifestantes de “bandidos”.
“Esses bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e eu não deixarei isso acontecer. Acabei de falar com o governador Tim Walz e disse que o Exército está com ele o tempo todo. Qualquer dificuldade e assumiremos o controle, mas, quando o saque começar, o tiroteio começará”, tuitou o presidente estadunidense.
Terceira noite
Na terceira noite de protestos em Minneapolis, manifestantes incendiaram carros, imóveis e saquearam supermercados. Policiais tentaram segurar o ataque enfurecido dos manifestantes, com saraivadas de tiros de balas de borracha.
Os distúrbios começaram depois que, na segunda-feira (25), a polícia tentou prender Floyd do lado de fora de um supermercado de Minneapolis, porque ele era suspeito de ter feito compras com notas falsas. Um espectador gravou a abordagem da polícia. Um policial se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar – antes de morrer.
O Ministério Público dos EUA e o FBI em Minneapolis disseram que estavam conduzindo “investigação criminal robusta” sobre a morte de Floyd.