Nesta sexta-feira (29), o Conselho de Ministros da Espanha aprovou um projeto de “renda vital mínima”, uma medida que pode beneficiar até 850 mil famílias, segundo estimativas do governo.
A iniciativa visa acabar com parte da pobreza que o país acumula, agravada pela crise do coronavírus, e que deixou muitas famílias sem renda, depois das demissões que aconteceram durante o período de isolamento obrigatório que foi imposto no país entre os meses de março e abril, e começo de maio.
Segundo a nova lei, o auxílio será entregue às famílias que não atingirem um limite de renda e riqueza, excluindo a residência habitual desta, desde que não possua um valor extraordinário. Os valores mensais variarão de acordo com a composição familiar: de 462 euros para um adulto sem filhos e de 1015 euros para dois adultos com mais de três filhos. As famílias monoparentais receberão um adicional 100 euros.
Após a aprovação da medida, o presidente Pedro Sánchez deu uma declaração, descrevendo-a como um momento “histórico ??na democracia espanhola”, e como “um novo pilar do Estado de Bem-Estar Social, que fará da Espanha um país mais justo e com mais solidariedade”.
Já o segundo vice-presidente, Pablo Iglesias, líder do Unidas Podemos (partido que nasceu do movimento dos Indignados), disse que “hoje nasce um novo direito social na Espanha”.
Por sua parte, o líder do Vox (partido neofranquista de extrema-direita), Santiago Abascal, considera que o governo socialista, com esta medida, pretende “transformar a Espanha em um paraíso comunista”.