Mesmo em meio a pandemia, equatorianos convocam mobilização contra medidas do governo

Evento está marcado para o dia 25 de maio, e protestará conta redução de salário de trabalhadores da educação, privatização de empresas públicas e contra os erros cometidos pela gestão de Lenín Moreno no combate ao coronavírus

Foto: Reprodução/Twitter/RonnyAleaga
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Apesar da situação de pandemia do coronavírus vivida em todo o mundo, e que tem no Equador um dos piores cenários da América Latina, dezenas de sindicatos e organizações sociais do país convocaram para o dia 25 de maio uma mobilização nacional contra as medidas econômicas e sanitárias tomadas pelo governo do presidente Lenín Moreno.

O protesto foi anunciado nesta quarta-feira (20) através das redes sociais, e foi idealizado pela FEUE (Federação de Estudantes Universitários do Equador), depois que o governo anunciou uma redução de 25% do salário dos trabalhadores da educação.

Outro alvo da manifestação é o projeto de privatização das empresas públicas, que já provocou a demissão de 8 mil servidores públicos, o que tem provocado um aumento importante da desigualdade social no país sul-americano.

Entre as principais lideranças sociais envolvidas no evento está Leónidas Iza, presidente do Movimento Indígena Camponês Cotopaxi, que reclama que o governo “mantém a mesma política de segregação social que levou aos protestos de outubro (de 2019), mas agora com o agravante de uma pandemia que tampouco está sabendo controlar”.

“Se Moreno não muda sua política, se não abandona essa soberba que o leva a não entender os erros que está cometendo, haverá um surto social no Equador”, alertou o líder indígena.