Apesar da situação de pandemia do coronavírus vivida em todo o mundo, e que tem no Equador um dos piores cenários da América Latina, dezenas de sindicatos e organizações sociais do país convocaram para o dia 25 de maio uma mobilização nacional contra as medidas econômicas e sanitárias tomadas pelo governo do presidente Lenín Moreno.
O protesto foi anunciado nesta quarta-feira (20) através das redes sociais, e foi idealizado pela FEUE (Federação de Estudantes Universitários do Equador), depois que o governo anunciou uma redução de 25% do salário dos trabalhadores da educação.
Outro alvo da manifestação é o projeto de privatização das empresas públicas, que já provocou a demissão de 8 mil servidores públicos, o que tem provocado um aumento importante da desigualdade social no país sul-americano.
#BoletindePrensa
— FEUE NACIONAL (@FEUEnac_Ecuador) May 20, 2020
La FEUE junto a docentes trabajadores,empelados CONVOCAMOS a la Jornada Nacional de Movilización en defensa de la educación pública y encontra del paquetazo económico de @Lenin
25 de Mayo a nivel nacional
? 09H00 @edgarromerog #FueraMartínez pic.twitter.com/CGppS79ikn
Entre as principais lideranças sociais envolvidas no evento está Leónidas Iza, presidente do Movimento Indígena Camponês Cotopaxi, que reclama que o governo “mantém a mesma política de segregação social que levou aos protestos de outubro (de 2019), mas agora com o agravante de uma pandemia que tampouco está sabendo controlar”.
“Se Moreno não muda sua política, se não abandona essa soberba que o leva a não entender os erros que está cometendo, haverá um surto social no Equador”, alertou o líder indígena.