Em sua intervenção durante a conferência em vídeo da Assembleia Mundial da Saúde, nesta terça-feira (19), o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o português António Guterres, declarou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) é “insubstituível”, e disse que a entidade precisa de mais recursos para que seu trabalho nos países mais vulneráveis seja melhor apoiado.
O diplomata português também afirmou que, em sua opinião, a OMS tem mostrado um trabalho adequado com relação à pandemia, e que “o mundo está pagando um alto preço por ignorar suas recomendações em janeiro”.
A OMS, organizadora do evento que Guterres participou, vem sofrendo críticas de alguns países por sua reação à pandemia do coronavírus, especialmente dos Estados Unidos, que suspenderam o seu financiamento ao organismo, razão pela qual as palavras do secretário-geral da ONU foram lidar como uma crítica à postura estadunidense.
O corte da verba estadunidense foi uma questão especialmente sensível, já que o país norte-americano era quem entregava a maior contribuição anual à entidade.
O argumento dos Estados Unidos para atacar a OMS é o de que suas posições são, supostamente, alinhadas demais com a China, e que a entidade teria ajudado o país asiático a “encobrir a propagação do vírus”.
A sessão desta terça da Assembleia Mundial da Saúde também contou com um discurso da presidenta da Suíça, Simonetta Sommaruga, que defender uma cooperação mais ampla e completa dos 194 Estados-membros (da OMS), que devem agir juntos para acabar com a pandemia”.