O líder opositor venezuelano Juan Guaidó será investigado pela Justiça por seu possível envolvimento com a tentativa de invasão do país e golpe de Estado contra o presidente Nicolás Maduro. A ação foi realizada nos dias 3 e 4 de maio, por um grupo de mercenários contratados pela empresa estadunidense Silvercorp USA, mas terminou sendo interceptada pelo exército bolivariano e por um grupo de pescadores.
Nesta quarta-feira (13), o ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou que a investigação contra o deputado Guaidó (que se considera presidente interino do país, cargo ao qual se autoproclamou em janeiro de 2019), será liderada pela Procuradoria Geral da República desse país.
Entre as principais provas contra Guaidó, citadas pelo ministro Rodríguez, está o contrato assinado pelo líder opositor e seus assessor político, Juan José Rendón, com o diretor da Silvercorp USA, o ex-militar estadunidense Jordan Goudreau, autorizando a ação com o objetivo de derrubar o governo de Maduro.
O ministro também pediu que as autoridades judiciais da Colômbia investiguem o caso de três lanchas da Marinha colombiana que foram encontradas em território marítimo venezuelano junto com alguns dos mercenários presos.
“Como é possível que, com todas estas evidências, que são bem claras, não são indícios nem especulações, e isso não seja objeto de investigação por parte do governo colombiano”, comentou Rodríguez.
Vale lembrar que no dia 8 de maio, a Venezuela decretou a prisão dos 22 mercenários que atuaram na tentativa de invasão ao país – alguns meios internacionais chegaram a afirmar que Guaidó também teria tido sua prisão decretada naquele então, mas a informação foi desmentida horas depois. Por enquanto, o líder opositor está sendo apenas investigado.