Em um pronunciamento transmitido pela televisão nesta sexta-feira (3), em rede nacional, o presidente da Venezuela abordou a iniciativa estadunidense de deslocar parte do seu arsenal de guerra para perto do território venezuelano.
Apesar de a Casa Branca afirmar que se trata de uma “ação para combater o narcotráfico na América Latina”, muitos analistas internacionais a observam como um movimento para ameaçar o país bolivariano, e ao que parece, Maduro também pensa dessa forma.
“Nas próximas horas eu ordenarei, no âmbito da operação permanente Escudo Bolivariano, a mobilização de peças de artilharia a serem preparadas para a luta pela paz, pelo cessar-fogo, por um acordo humanitário”, declarou o chefe de Estado nesta sexta-feira.
Segundo Maduro, “existem grupos que não conseguem lidar com o ódio que carregam, e por isso apoiam as ações armadas e violentas contra a paz na Venezuela. Repito, sei o que estou dizendo”, confirmou o presidente.
Esta frase foi uma clara alusão a setores da oposição ao seu governo que defendem que os Estados Unidos atuem militarmente contra seu próprio país para derrubar o governo chavista. A figura mais conhecida que atua dessa maneira é o líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou “presidente interino” do país, em janeiro de 2019. Contudo, até agora, não conseguiu provar que possui poder real.