O presidente espanhol Pedro Sánchez assinou nesta sexta-feira (27) um decreto que proíbe o Estado e as empresas de despedir trabalhadores durante a crise do coronavírus. A medida visa conter as consequências sociais da pandemia.
O decreto foi apresentado ao país em entrevista da ministra do Trabalho, Yolanda Días. “Não se pode aceitar que se pretenda priorizar os interesses pessoas em uma pandemia como está, ninguém vai tirar vantagem do covid-19 para demitir”, disse ela, em coletiva realizada minutos após a reunião do conselho de ministros da qual surgiu o decreto.
A proibição entrou em vigor imediatamente. Além dessa medida, o governo de Sánchez também prepara anúncios mais específicos para ajudar pequenas e médias empresas que ficarão sem faturamento nas próximas semanas.
“Não é necessário demitir ninguém em nosso país, estamos estudando medidas que beneficiem todos os afetados por esta situação excepcional, mas que é necessária. Ninguém ficará para trás”, garantiu a ministra Díaz.
A medida do governo socialista da Espanha acontece quatro dias depois que Nicolás Maduro anunciou medida similar na Venezuela.
Contudo, o governo chavista foi além, e também assumiu os salários dos trabalhadores dos setores público e privado durante 6 meses, para que estes fiquem em casa durante a quarentena.