MP peruano pede pena de 12 anos a filho de Fujimori, por negociar votos no Congresso

Segundo a promotora Bersabeth Revilla Corrales, Kenji Fujimori, seu assessor Alexei Toledo e outros dois correligionários participavam de esquema de negociação de votos

O ex-ditador peruano Alberto Fujimori, e seus filhos Keiko e Kenji, todos com problemas na Justiça (foto: Twitter)
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A Procuradoria Geral do Peru informou nesta segunda-feira (9) que solicitará à Justiça uma pena de 12 anos de prisão para o ex-congressista Kenji Fujimori, filho do ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000).

Kenji é acusado de negociar votos no Congresso dentro da sua aliança partidária, a ultraconservadora Força Popular. O caso que desencadeou a acusação surgiu em 2018, quando Kenji negociou votos para evitar um processo de impeachment contra o então presidente Pedro Pablo Kuczynski – que acabou renunciando ao cargo, após a revelação do esquema por parte da imprensa.

A promotora Bersabeth Revilla Corrales, responsável pelas investigações, afirma que Kenji liderava o esquema de negociação de votos, no qual também participavam seu assessor Alexei Toledo e os também ex-congressistas aliados Guillermo Bocángel e Bienvenido Ramírez. Os quatro réus são acusados de coação e tráfico de influências agravado.

Vale destacar que os três parlamentares foram destituídos de seus cargos devido ao escândalo, e não possuem mais foro privilegiado.

A irmã de Kenji, Keiko Fujimori, que foi duas vezes candidata presidencial (em 2011 e 2016), foi condenada e presa em 2018, por participar do mesmo esquema. Atualmente, se encontra livre, graças a um habeas corpus que sua defesa conseguiu, em dezembro de 2019.