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Em sessão especial nesta quarta-feira (5), o Senado dos EUA absolveu o presidente Donald Trump no processo de impeachment iniciado contra ele em setembro do ano passado, por iniciativa da congressista Nancy Pelosi, do Partido Democrata, presidenta da Câmara de Representantes.
O processo de impeachment de Trump foi motivado por uma revelação do diário New York Times, que mostrava que o presidente havia usado um possível bloqueio da ajuda financeira à Ucrânia caso esse país não o ajudasse a espionar as atividades empresariais de Hunter Biden (filho de Joe Biden) em Kiev, e a produzir informação que poderia ser usada em campanha contra seu possível adversário político. Biden é um dos pré-candidatos que participa das prévias presidenciais do Partido Democrata, este ano.
Diante desses fatos, Pelosi apresentou duas denúncias contra Trump, por abuso de poder e obstrução do Congresso. Em dezembro, a Câmara dos Representantes, de maioria democrata, aprovou as denúncias contra Trump. Mas desta vez, o Partido Republicano fez valer a sua hegemonia nesta instância: a primeira acusação foi rechaçada, com 52 votos contrários, e 48 a favor. A segunda teve diferença ainda maior: 53 contra e 47 a favor.
Assim, a Câmara Alta estadunidense declarou que os fatos revelados recentemente não justificam a perda de mandato, e Trump pode permanecer no cargo ao menos até o final deste ano, quando tentará sua reeleição, para um novo mandato de quatro anos.
Este é o terceiro processo de impeachment que chega ao Senado nos Estados Unidos, e que novamente termina sem condenação. Antes de Trump, os únicos que tiveram Bill Clinton se safou, em 1998, e Andrew Johnson teve a mesma sorte, em 1868. O caso à parte é o de Richard Nixon, que renunciou em 1974, após o início do processo contra ele.