Em cerimônia realizada em Teera, em homenagem a Qassem Soleimani, o general iraniano assassinado em janeiro por um ataque de drones estadunidenses em Bagdá (Iraque), o comandante Hossein Salami, que o substituiu como chefe da GRI (Guarda Revolucionária Islâmica do Irã), fez uma séria advertência aos governos de Israel e dos Estados Unidos.
O general afirmou que os dois países “não devem se equivocar, e nem subestimar a nossa nação, pois a reação, caso aconteça qualquer tentativa de sabotagem, não tardará, atacaremos a ambos, e com mais força do que a usada em janeiro passado”.
A ameaça de Salami tem a ver com um rumor que a inteligência iraniana recebeu nos últimos dias, e que o general reproduziu em seu discurso: “um funcionário sionista (de Israel) disse que está trabalhando junto com as forças estadounidenses para matar os iranianos no Iraque e na Síria. Esse é o tipo de erro que, se cometido, provocará uma reação que eles não vão querer conhecer”, explicou.
As palavras do general iraniano estão baseadas numa declaração do ministro de Defesa de Israel, Naftali Bennett, que afirmou, em entrevista no sábado (8), que “Tel Aviv e Washington fizeram um acordo para que Israel destrua influência iraniana na Síria, enquanto os Estados Unidos fazem o mesmo no Iraque”.
No entanto, neste dia 13 de fevereiro, o Senado norte-americano aprovou um projeto de leio que restringe a capacidade do presidente Donald Trump de iniciar operações militares contra o Irã. O mandatário já prometeu que vetará a resolução, mas ainda não o fez.