As eleições presidenciais no Equador estão cada vez mais próximas e a candidatura do economista Andrés Arauz, representante do setor político do ex-presidente Rafael Correa, está ganhando cada vez mais força, segundo as pesquisas recentes.
A medição publicada nesta quinta-feira (17) foi a do CELAG (Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica), e mostrou que o ex-ministro do Planejamento do governo de Correa tem 36,6% das intenções de voto.
O primeiro turno das presidenciais equatorianas acontecerá no dia 7 de fevereiro, e o cenário parece bastante favorável para Arauz, que impõe uma vantagem de 13 pontos percentuais sobre o empresário conservador Álvaro Noboa, que aparece em segundo lugar, com 22,9%, e que está empatado tecnicamente com o líder indígena Yaku Pérez, que tem 21,2%.
O banqueiro Guillermo Lasso, que chegou a liderar as pesquisas meses atrás, obteve 13,5% das preferências, sendo somente o quarto mais citado, superando apenas as candidaturas menores, como a de Ximena Peña, que tem apenas 1,2% – a única mulher na disputa paga o preço de ter contra si o fato de ser a indicada pelo atual presidente, Lenín Moreno, cuja popularidade está abaixo dos 15%.
Vale lembrar também que, originalmente, a candidatura de Andrés Arauz tinha o próprio Rafael Correa como candidato a vice, mas uma decisão da Justiça Eleitoral do Equador proibiu o registro da chapa.
O ex-presidente é alvo de vários processos na justiça, situação que se assemelha muito aos esquemas de lawfare sofridos por outros líderes progressistas sul-americanos, como Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Cristina Kirchner, Fernando Lugo e Evo Morales. Atualmente, Correa vive na Bélgica, onde encontrou asilo político.
O Equador realizará suas eleições gerais, que incluem o primeiro turno das presidenciais, no dia 7 de fevereiro. Caso seja preciso um segundo turno, ele acontecerá no mês de abril.