O governo federal americano vem acelerando a execução de presos condenados à morte, antes que o governo de Donald Trump acaba, em um esforço considerado inédito. Já foram nove execuções federais, todas neste ano, por enquanto.
Nesta sexta-feira (11) está marcada a décima execução, de Alfred Bourgeois, de 56 anos, que deverá receber a injeção letal na penitenciária federal de Terre Haute, no Estado de Indiana.
O governo federal executou, na noite desta quinta-feira (10), Brandon Bernard, em Terre Haute, considerado um dos casos mais notórios.
Ele foi condenado morte do casal Todd e Stacie Bagley, em 1999, no Texas. Ele tinha apenas 18 anos na época do crime e foi sentenciado à morte em 2000.
Outros quatro jovens participaram do crime. Três eram menores de idade e não puderam ser condenados à morte. O líder do grupo era Christopher Andre Vialva, que atirou contra o casal dentro de um porta-malas, tinha 19 na época e foi executado em setembro deste ano.
A acusação afirmou que Todd morreu com o disparo, mas Stacie ainda estava viva, e morreu devido à inalação de fumaça. Um legista independente contratado pela defesa, no entanto, disse que ela já estava “medicamente morta” antes do incêndio.
Estão previstas, até 20 de janeiro, data da posse do presidente eleito Joe Biden, outras três execuções.
Biden prometeu acabar com a pena de morte federal.
As execuções federais deste ano, iniciadas em julho, são as primeiras desde 2003 e representam o maior número em um único ano em mais de um século, desde 1896.
Antes de Trump, somente três condenados haviam sido executados na chamada “era moderna” da pena de morte federal, iniciada em 1988, quando a prática foi restabelecida depois de ter sido proibida em 1972.
Com informações da Época