O Congresso do Peru aprovou nesta segunda-feira (9) a destituição do presidente Martín Vizcarra. A moção a favor da interrupção do mandato teve 105 votos a favor, 18 a mais que os 87 necessários para ser aprovada, em uma assembleia de 130 parlamentares.
A moção defendeu o argumento de que Vizcarra passou a sofrer de “incapacidade moral para exercer a presidência” devido a uma acusação do Ministério Público por suposta corrupção na construção de um hospital, quando ele era governador regional da província de Moquegua.
Em setembro, Vizcarra enfrentou uma moção similar a que foi aprovada nesta segunda, mas que foi rechaçada pelo Congresso peruano - naquele então, foi acusado pelo suposto superfaturamento na licitação de um evento cultural. Desta vez, não teve a mesma sorte.
Com sua destituição, a presidência do país andino passará a ser ocupada pelo Presidente da Assembleia Legislativa, Manuel Merino, ao menos até o dia 28 de julho de 2021, quando termina o atual mandato.
Vale lembrar que Martín Vizcarra assumiu o poder no Peru em abril de 2018, após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski, presidente que foi eleito em 2016, mas que acabou abandonando o cargo devido a uma acusação de corrupção. Vizcarra era seu vice e herdou o cargo após a saída do vencedor das últimas eleições.