A carta escrita por Emmanuel Macron em homenagem a Diego Maradona, publicada nesta quinta-feira (26), deu a volta ao mundo, devido às belas palavras do presidente francês. Ele confessou adorar Maradona como um ídolo futebolístico. No entanto, um único e curto trecho crítico ganhou repercussão.
Em um dos parágrafos finais, Macron disse considerar as posturas políticas de Diego como “derrotas amargas”, se referindo especialmente aos seus apoios às revoluções cubana e venezuelana, assim como sua amizade pessoal com os líderes dos dois países, Fidel Castro e Hugo Chávez.
O Ministério de Relações Exteriores da Venezuela rebateu as palavras do mandatário francês nesse trecho específico. Pelo Twitter, o chanceler Jorge Arreaza disse que “a única derrota é a de uma classe política que treme diante do uniforme amarelo dos trabalhadores”.
“O senhor Macron e seus conselheiros queriam exibir uma prosa poética para despedir o grande Diego. No entanto, eles desonram seus ideais e suas lutas”, completou o diplomata venezuelano.
Em trecho da carta no qual falou mais sobre futebol, Macron descreve Maradona como “um jogador suntuoso e imprevisível. Futebol como o de Maradona nunca se havia visto antes. Com uma inspiração sempre renovada, inventava constantemente novas jogadas e chutes. Um bailarino com chuteiras. Não era um atleta, mas sim um artista. Personificava a magia do jogo”.