Movimentos sociais bolivianos anunciaram no domingo (23) que a ex-ditadora Jeanine Áñez, que assumiu o poder após o golpe que derrubou o ex-presidente Evo Morales, tentou fugir para o Brasil, mas foi impedida.
“Nós a encurralamos quando ela estava fugindo para o Brasil. Nós a prendemos e ela está trancada em um apartamento e agora ela deve responder aos massacres em Senkata e Sacaba”, disse uma liderança social do departamento de Beni.
Añéz era senadora por Beni até ser alçada à presidência pelas forças que promoveram o golpe de 2019. Sob seu governo provisório, foi realizada uma dura repressão contra povos indígenas com pelo menos dois massacres.
O governo de Luis Arce, que assumiu o poder após uma estrondosa vitória eleitoral do MAS, promete investigar Áñez e outros integrantes do gabinete golpista.
Um dos mais importantes ministros já fugiu do país. Arturo Murillo, ex-ministro de Governo, conseguiu chegar ao Panamá após passar pelo Brasil. Fernando López, titular da Defesa, está no Brasil. Os dois entraram por cidades que fazem fronteira com Corumbá (MS).
Três funcionários da Direção de Migração da Bolívia foram presos por terem permitido a fuga dos foragidos.
Áñez usou as redes sociais nesta segunda-feira (23), mas não comentou sobre o episódio.
Com informações da TeleSUR