Fila de ambulâncias em Nápoles mostra Itália novamente no limite do colapso hospitalar

Segunda onda da pandemia do coronavírus tem causados lotações nos centros de saúde das cidades mais populosas do país, muitas das quais já retomaram medidas de isolamento, tentando evitar cenário caótico do primeiro semestre

Ambulâncias aguardando leitos disponíveis em hospital de Nápoles (foto: TGCOM 24)
Escrito en GLOBAL el

A Itália enfrente um aumento constante do número de casos de coronavírus desde meados de outubro, mas uma cena registrada nesta terça-feira (10), na cidade de Nápoles, fez o país enfrentar o temor de ter que reviver os piores momentos deste 2020.

Em frente ao Hospital Cotugno, na cidade do sul do país, havia uma fila na qual ao menos três ambulâncias esperavam autorização para ingressar seus pacientes. Segundo a imprensa local, os veículos tiveram que manter os pacientes sob atenção médica do lado de fora durante horas, já que o centro hospitalar não contava com leitos disponíveis.

Tampouco podiam levar a outros centros de saúde, onde o panorama era similar – inclusive a respeito da presença de ambulâncias estacionadas do lado de fora, aguardando vagas.

A cena deixa em evidência a situação em que a Itália vive nesta segunda onda da pandemia de covid-19, que se aproxima cada vez mais ao que aconteceu no primeiro semestre do ano.

Entre o final de março e o começo de abril, a Itália chegou a ser o país mais afetado pela pandemia, tanto em quantidade de infectados quanto de óbitos. Para evitar que esse caos volte a ser realidade, ainda mais com a chegada do inverno no hemisfério norte, vários governos regionais voltaram a decretar medidas severas de isolamento social em alguns dos principais centros urbanos do país.

No entanto, diferente do que aconteceu há 7 meses, desta vez essa política encontra resistência de parte da população, que tem organizado manifestações contra elas, promovida por grupos de negacionistas – que costumam estar ligados a setores de extrema-direita.