Distanciamento social, usar máscaras e lavar as mãos. Essas medidas de combate ao coronavírus podem afastar outro vírus, além do SARS-CoV-2, o causador da Covid-19. Segundo estudo publicado pelo Centers for Disease Control and Prevention, a porcentagem de testes que deram positivos para a Influenza (H1N1) caíram nos EUA, Austrália, Chile e África do Sul. Nos EUA, o índice de testes positivos entre maio e agosto deste ano foi de 0,20%, em 2019, no mesmo período, foi de 2,35%. Dados dos países do hemisfério também sul mostram uma queda na circulação do vírus influenza.
“O declínio global na circulação do vírus da influenza parece ser real e simultâneo com a pandemia Covid-19 e suas medidas de mitigação”, dizem os pesquisadores. “No futuro, algumas dessas medidas de mitigação da comunidade podem ser implementadas durante epidemias de influenza para reduzir a transmissão, particularmente em populações com maior risco de desenvolver doenças graves ou complicações.”
Para o médico pneumologista Fred Pontes “durante a pandemia aprendemos como vencer a influenza. Máscara, distanciamento, higiene. Simples assim. Sem precisar de remédio de 10.000 dólares. O problema: normalizar o uso de máscara. O uso de álcool gel e o isolamento de sintomático respiratório”. E ele recomenda: “É hora dos profissionais de saúde, sociedades médicas e influenciadores se adiantarem na campanha: Quem tem gripe deve usar máscara”.
Os japoneses já faziam isso bem antes da pandemia. "Quando alguém está doente, por respeito, usa a máscara para evitar infectar os outros", disse à BBC Mitsutoshi Horii, professor de sociologia da Universidade Shumei, no Japão, em julho.
Segundo o médico infectogista Marcos Caseiro, além da máscara quando estiver com sintomas, é essencial lavar as mãos. De acordo com ele, muitas doenças podem ser evitadas com a lavagem das mãos, como a influenza. “As mãos são as principais formas de contaminação de doenças.” Ele explica que as partículas da saliva podem ficar nas superfícies, ao tocá-las com a mão a pessoa pode entrar em contato com o vírus, e depois leva as mãos a boca, nariz e olhos. Assista à entrevista com o Caseiro abaixo.