O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira (29) que realizou a venda de 1,1 milhão de barris de petróleo refinado que foram expropriados de navios que levavam o produto para a Venezuela, de foram interceptados pela marinha estadunidense.
De acordo com um comunicado assinado pelo procurador John Demers, “o proprietário dos navios transferiu o petróleo para o governo (estadunidense) e agora podemos anunciar que os Estados Unidos venderam e entregaram o petróleo”.
Os 1,1 milhão de barris haviam sido comprados da Venezuela em uma negociação com o Irã. Segundo o governo estadunidenses, a venda beneficiava o a Guarda Revolucionária Islâmica, que é considerada por Washington como uma “organização terrorista”, assim como o governo de Nicolás Maduro é acusado pelo país norte-americano de suposta “ligação com o narcotráfico”.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de “insistirem em sabotar o fornecimento de recursos ao nosso país”. Segundo o mandatário, o país norte-americano já se apropriou de cerca de 3 milhões de barris de petróleo venezuelanos entre 2019 e 2020.
O ministro do Petróleo da Venezuela, Tareck El Aissami, comentou a situação para a imprensa local, descrevendo-a como “um ato terrorista deliberado, devidamente planejado, que visa causar danos a objetivos estratégicos”.