Parece que o jogo virou. Este ano de 2020, que começou com a China sob a desconfiança de que teria sua ascensão ameaçada pelo surto do novo coronavírus, que naquele janeiro estava concentrado em seu território, termina com o gigante asiático se consolidando como única grande economia mundial a mostrar plena recuperação da doença que se tornou pandemia.
Nesta terça-feira (27), o governo chinês anunciou que sua economia registrou um crescimento de 4,9% no terceiro trimestre (entre os meses de julho e setembro), mostrando que as atividades econômicas do país já não apresentam sequelas da pandemia de covid-19.
O principal fator para a recuperação chinesa, segundo suas autoridades, é a aposta no consumo interno. O governo chinês também relatou nesta terça um aumento das vendas no varejo em setembro, em cerca de 3,3% em setembro. Número que reflete, também, um aumento da produção industrial, que teria sido de 6,9% no mesmo mês.
No acumulado dos nove meses deste 2020, a China registra um crescimento de 0,7% em comparação ao ano anterior. Um número baixo para os patamares chineses, mas que em um ano de pandemia já se destacam pelo simples fato de não serem negativos, problema que deve afetar quase todos os seus principais concorrentes.
Por exemplo, o FMI (Fundo Monetário Internacional) apresentou um informe, semanas atrás, apontando que a China deve ser a única grande economia do mundo a mostrar crescimento em 2020, o qual poderia chegar até 1,9%, segundo suas projeções – o Banco Central chinês calcula uma cifra maior, acima de 2%.