O Papa Francisco já nomeou cerca de 57% dos 128 cardeais que vão compor o conclave que escolherá o seu sucessor. O perfil dos escolhidos demonstra o interesse do Pontífice em garantir a continuidade de suas políticas reformistas na Igreja.
Francisco anunciou, neste domingo (25), a nomeação de 13 cardeais de oito países, incluindo nove que são elegíveis para entrar no conclave que escolherá quem vai sucedê-lo após sua morte ou renúncia.
Entre os escolhidos, o maior destaque ficou por conta do arcebispo de Washington, Wilton Gregory, de 72 anos, o primeiro negro americano a ingressar no Colégio Cardinalício.
Gregory é aquele que criticou indiretamente o presidente Donald Trump, logo após ele fazer um ato político em frente à igreja de Saint John, em Washington. Trump posou no local erguendo uma Bíblia, logo após ordenar a repressão a um protesto contra a morte de George Floyd, um cidadão negro que foi sufocado por um policial branco em Minneapolis.
O arcebispo afirmou que era “desconcertante e repreensível que qualquer instituição católica se permita ser notoriamente mal utilizada e manipulada de uma forma que viola que nossos princípios religiosos”.
Já sobre Floyd, Gregory afirmou que “o vírus do racismo está entre nós mais uma vez”. Por seu posicionamento, foi perseguido por defensores do presidente.
Francisco também escolheu cardeais de países de minoria católica, como Brunei e Ruanda. Completando a lista, há religiosos de Itália, Malta, Filipinas, Chile e Brunei.
Com informações do Globo