Carlos Mesa admite derrota na Bolívia; Luiz Camacho, articulador do golpe, não se pronunciou

Durante a votação, Camacho, que se reuniu com o chanceler brasileiro Ernesto Araújo antes do golpe na Bolívia, declarou que "não confia na transparência do processo eleitoral"

Ernesto Araújo, Carla Zambelli e Luis Fernando Camacho (Reprodução/Facebook)
Escrito en GLOBAL el

Principal oponente do Movimiento Al Socialismo (MAS) nas eleições na Bolívia, o ex-presidente Carlos Mesa, da frente neoliberal Comunidade Ciudadana (CC), admitiu a derrota para Luis "Lucho" Arce em tuíte publicado no início da tarde desta segunda-feira (19) e se colocou como líder da oposição ao futuro governo.

"Agradeço de coração aos bolivianos que votaram no CC. Ao povo boliviano por seu compromisso democrático. Aos militantes e dirigentes do CC, aos nossos aliados: FRI, Primero la Gente e Chuquisaca Somos Todos. Temos que liderar a oposição. Vamos honrar a bolívia", tuitou Mesa.

https://twitter.com/carlosdmesag/status/1318211422577459200

Um dos principais líderes do golpe que depôs o governo Evo Morales, Luis "Macho" Camacho ainda não se pronunciou sobre o resultado das eleições. Durante a votação, Camacho declarou que "não confia na transparência do processo eleitoral" e, em sua última publicação no Twitter, neste domingo (18), coloca em xeque o resultado diante de uma decisão da Justiça eleitoral boliviana.

https://twitter.com/LuisFerCamachoV/status/1317666839028244480

Presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Camacho foi recebido por Ernesto Araújo, chanceler de Jair Bolsonaro, em maio do ano passado para tratar sobre a Bolívia. “Conseguimos o compromisso pessoal e governamental do chanceler Ernesto Fraga Araújo de elevar como estado brasileiro e garante da cpe a encomenda de interpretação da convenção sobre a reeleição indefinida para a CIDH. O Chanceler instruiu de forma imediata e na mesma reunião que se realize a consulta”, relatou.