A saída da prisão do traficante André Oliveira Macedo, mais conhecido como André do Rap, considerado um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), continua sendo um dos temas mais comentados dos últimos dias.
Nesta segunda-feira (12), viralizou a informação sobre o autor do artigo 316, incluído no Pacote Anticrime do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, e que foi usado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello para determinar a decisão de soltar André do Rap.
Se trata de Lafayette de Andrada um deputado federal de Minas Gerais que está em seu primeiro mandato em Brasília. Eleito em 2018, Andrada pertence ao Republicanos, o mesmo partido do senador Flávio Bolsonaro e do deputado paulista Celso Russomanno, candidato que lidera as pesquisas para a Prefeitura de São Paulo.
Andrada foi o criador do artigo que foi incluindo pela Câmara dos Deputados no Pacote Anticrime. Segundo o mecanismo, as prisões preventivas devem ser revisadas a cada 90 dias, podendo tornar a prisão ilegal caso isso não ocorra.
Diante da polêmica sobre o uso do artigo para soltar André do Rap, o deputado mineiro publicou uma nota: “repudio com veemência as reportagens veiculadas na imprensa que, por desconhecimento ou malícia, associam a soltura do traficante André de Oliveira Macedo, o André do Rap, a meu nome”. Porém, ele não explicou porque o artigo de sua autoria não tem relação com a decisão em questão.
André do Rap deixou a prisão de Presidente Venceslau, no Interior de São Paulo, neste sábado (10), após liminar do ministro Marco Aurélio Mello, que depois foi suspensa por decisão do presidente do STF, Luiz Fux, que atendeu pedido da PGR (Procuradoria Geral da República), mas já era tarde: o traficante já havia sido solto, e teria fugido para o Paraguai, segundo fontes do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).