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Quando o príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle tomaram a decisão de abandonar seus direitos como membros da Família Real britânica, o mundo se admirou pelo gesto de grandeza que significa abandonar a mesada de 37 mil libras que recebe como oficial do Exército, mais 750 mil libras para financiar seus gastos como segurança e outras mordomias.
Mas por trás desse austero anúncio – que a imprensa britânica já chama carinhosamente de “Megxit”, mesclando Meghan e Brexit – está a intenção de fazer grandes negócios sem o controle da Coroa, que os proíbe aos seus integrantes participar de grandes investimentos.
Harry vem se destacando como orador e organizador nos Jogos Invictus, um evento para veteranos de guerra feridos em serviço. Uma vez longe das restrições da realeza, o agora ex-príncipe planeja lançar eventos de igual ou maior projeção, e obter lucros, em valores ainda maiores que os que recebia em seus tempos na nobreza.
Além disso, antes mesmo do anúncio, o casal já vinha trabalhando para patentear sua própria marca, a Sussex Royal, que lançaria no mercado produtos de diferentes tipos, desde roupas até cartões postais e souvenirs. O diário britânico Daily Mail assegura ter documentos apresentados ao Registro de Propriedade Intelectual do Reino Unido, que comprova o ambicioso plano de negócios que se aproveitaria do nome do ducado que a rainha Elizabeth outorgou ao casal após o casamento.
A mudança de país – a imprensa local especula que o casal pretende viver no Canadá, em Toronto ou Vancouver – deve significar, ao menos aparentemente, uma vida independente do financiamento do Estado. Porém, também é verdade que essa decisão foi tomada semanas depois de terminada uma reforma em sua residência oficial, Frogmore Cottage, que custou quase três milhões de libras ao erário público, cifra que caiu mais à opinião pública quando foi divulgada pela imprensa.
Resta saber o que pensarão os britânicos agora sobre o fato de que essa luxuosa mansão, após sua milionária reforma, ficará vazia.