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O Movimento Estudantil chileno mostrou novamente sua força nesta segunda-feira (6), dia em que estava marcada a primeira jornada de exames da PSU (Prova de Seleção Universitária, similar ao que é o ENEM no Brasil). Segundo o periódico El Desconcierto, mais de 20 cidades em todo o país registraram atos contra a realização da prova, que incluíram protestos do lado de fora dos centros educacionais, queima de provas e até ocupações dos mesmos centros por parte dos estudantes.
Em algumas cidades, como Quilpué (região Central do país) e Copiapó (região Norte), os exames tiveram que ser suspensos. Até às 16h (hora local), eram 65 os centros educacionais que reportaram impossibilidade de realizar a prova.
Tal situação fez com que o CRUCH (Conselho de Reitores das Universidades Chilenas) publicasse uma nota dizendo que está estudando uma forma de permitir que os estudantes que não puderam realizar a prova nesta segunda possam ter outra oportunidade posteriormente. O problema é que existe um grande contingente de estudantes que não quer que o exame aconteça, e que o processo seja suspenso.
Não há um número capaz de indicar se os mobilizados pelo boicote à PSU configuram uma maioria, mas os meios locais trabalham com cifras que indicam ao menos 20 mil estudantes participando dos diferentes atos contra os exames, especialmente nas cidades de Santiago, Valparaíso, Antofagasta e Concepción.
Diante deste cenário, e com o Movimento Estudantil prometendo repetir a dose no dia de amanhã, o presidente Sebastián Piñera convocou uma reunião de emergência com os ministros Gonzalo Blumel (Interior) e Marcela Cubillos (Educação), e não se descarta uma declaração em rede nacional para esta noite, com novas diretrizes a respeito do processo de seleção universitária.#PSU2020 wonderful pic.twitter.com/tFOXEXbIqh
— nea ?? VI A SHAWN (@dearminvoice) January 6, 2020