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O produtor de cinema estadunidense Harvey Weinstein foi indiciado por novas acusações de crimes sexuais nesta segunda-feira (6). Segundo promotores, assim que o seu julgamento por outras acusações estava para começar, em Nova Iorque (EUA), os novos casos foram registrados.
Weinstein foi acusado de estupro e agressão sexual em duas ocasiões separadas por um período de dois dias, em Los Angeles. Duas mulheres diferentes foram as vítimas e o crime foi cometido em 2013, segundo a promotora Jackie Lacey.
De acordo com Lacey, as evidências mostram que Weinstein se utilizou do seu poder e influência como produtor de Hollywood para ter acesso às vítimas e depois agredi-las. "Quero elogiar as vítimas que se apresentaram e relataram bravamente o que aconteceu com elas. Espero que todas as vítimas de violência sexual encontrem força", disse.
Caso seja considerado culpado, Weinstein pode ser condenado a até 28 anos de prisão, mas será sugerido o pagamento de fiança no valor de US$ 5 milhões.
O julgamento contra o produtor começou nesta segunda-feira (6), em Manhattan, e tem previsão de duração de duas semanas, que antecedem mais oito semanas de argumentos, depoimentos e deliberações. Weinstein entrou na Suprema Corte usando um andador.
#MeToo
As acusações contra Weinstein surgiram com a explosão do movimento #MeToo, em 2017, que levou milhões de mulheres a denunciarem agressões sexuais ao redor do mundo. Em Hollywood, o movimento teve grande impacto. Famosos como Kevin Spacey, Woody Allen, Morgan Freeman e James Franco foram denunciados por mulheres que foram agredidas sexualmente.
Weinstein já foi acusado por mais de 80 mulheres.