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O ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, teve que cancelar a apresentação do seu livro "The Room Where it Happened" (ou "A Sala Onde Tudo Aconteceu", em tradução livre), devido a um veto de censura da Casa Branca à publicação que, segundo assessores do presidente Donald Trump, “contém uma quantidade significativa de informação classificada”.
E contém mesmo. Segundo os trechos do livro já divulgados pela imprensa estadunidense, Bolton conta os pormenores da ameaça de Trump à Ucrânia, de congelar a ajuda militar que os Estados Unidos dão ao país caso este se negasse a investigar as ações do seu adversário político Joe Biden e seu filho Hunter.
[caption id="attachment_204999" align="alignleft" width="199"] Capa do livro de John Bolton (Foto: reprodução)[/caption]
As revelações de Bolton no livro podem ser decisivas para o processo de impeachment que Trump está sofrendo atualmente no Senado. Por isso, o Partido Democrata (de Biden) tenta convocar o ex-assessor de Trump como testemunha no processo, com o mesmo afinco com o qual o Partido Republicano (de Trump) tenta impedir essa presença.
A decisão de Trump foi respaldada pelo Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, que divulgou uma carta dirigida a Charles Cooper, advogado de Bolton, dizendo “parte da informação está em nível de máxima confidencialidade”, e que o texto teve que passar por uma revisão preliminar do Conselho, como acontece com qualquer publicação de um empregado ou ex-empregado da Casa Branca.