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O Facebook removeu nesta terça-feira (28) da página do ex-ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini - um dos aliados do clã Bolsonaro na Europa - um vídeo em que o político de ultradireita incitava o ódio contra imigrantes, acusando sem provas uma família de tunisianos de Bolonha, no norte do país, de tráfico de drogas.
O vídeo, gravado na reta final da campanha para as eleições regionais na Emilia-Romagna, havia provocado uma crise diplomática com a Tunísia, com acusações de racismo e incitação ao ódio.
"O Facebook removeu da página de Matteo Salvini o vídeo da vergonha", disse nesta terça-feira (28) a advogada Cathy La Torre, que defende Yassin, o jovem de 17 anos que foi acusado de tráfico de drogas.
Segundo uma mensagem da rede social divulgada por La Torre, o vídeo violava seus "padrões em matéria de incitação ao ódio".
Segundo informações da Agência Ansa, o vídeo foi transmitido ao vivo no dia 21 de janeiro, quando uma mulher indicou Salvini o apartamento de uma família tunisiana na qual, segundo ela, pai e filho seriam traficantes de drogas.
Salvini interfonou par a residência e fez ameaças, dizendo o nome do rapaz. "Você pode nos deixar entrar, por favor? Porque nos disseram uma coisa desagradável, e eu gostaria que o senhor desmentisse, nos disseram que daí sai uma parte do tráfico de drogas no bairro. Certo ou errado?", questionou.
Em uma segunda tentativa, Salvini afirmou: "Eu queria ser recebido por você. Quero reabilitar o bom nome de sua família, porque alguns dizem que você e seu filho traficam". O ex-ministro não foi autorizado a subir.
Até o momento, não há notícia de investigações ou ações judiciais contra membros da família. O filho acusado de tráfico, Yassin, é um jovem de 17 anos nascido na Itália.