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Quando assumiu o governo da Argentina, Alberto Fernández sabia que um dos seus problemas mais difíceis seria a dívida astronômica deixada pelo seu antecessor, Mauricio Macri, com o FMI (Fundo Monetário Internacional), adquirida após um acordo oficializado em junho de 2018, e que é uma das maiores já entregues pelo organismo financeiro em toda a sua história: 46,5 bilhões de dólares, com prazo de vencimento até 2023.
Para lidar com esse enorme problema, Fernández criou, nesta segunda-feira (27), a Unidade Especial para a Renegociação da Dívida, que estará sob a supervisão do Ministério da Economia, cujo responsável é o ministro Martín Guzmán.
O diretor da Unidade Especial será o também subsecretário de Economia, Emiliano Libman. De acordo com o Diário Oficial argentino, a missão da equipe será a de assistir e assessorar o ministro Guzmán “em tudo o que estiver vinculado às tarefas relativas à formulação e execução das estratégias de relação” com o organismo financeiro internacional.
Ainda assim, o decreto que criou a Unidade Especial também afirma que ela deverá ser dissolvida no dia 31 de dezembro de 2021, ou até mesmo antes disso, caso o objetivo para o qual ela foi criada já esteja devidamente cumprido.
Em declaração à imprensa local, Libman afirmou que a data de dissolução da Unidade confirma “o interesse do presidente Fernández em resolver esse problema da forma mais rápida e eficiente possível, para evitar que sejam impostas novas medidas de austeridade, e a confiança dele em que vamos cumprir esse objetivo”.