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A nova pesquisa eleitoral publicada nesta segunda-feira (27) na Bolívia traz um problema que já vinha sendo observado em outras sondagens: a ausência de um representante do MAS (Movimento Ao Socialismo, partido de Evo Morales) na lista de candidatos disponíveis.
Mas isso não impede que o partido esteja na frente das intenções de voto, como na recente medição realizada pelo instituto Mercados y Muestras, e publicada pelo diário boliviano Página Siete, que ignorou o fato de que Luis Arce foi lançado oficialmente como representante do evismo nas eleições – no dia 18 de janeiro. No entanto, mesmo sem seu nome, o primeiro lugar na pesquisa ficou com a opção “candidato do MAS”, com 26%.
No segundo lugar se registrou um empate entre os dois promotores da escalada golpista em outubro e novembro de 2019: o jornalista Carlos Mesa e o empresário Luis Fernando Camacho, ambos têm 17% cada um. A ditadora Jeanine Áñez, imposta pelos militares após o golpe contra Evo, aparece em quarto lugar, com 12% das preferências.
Além do boicote dos meios e dos institutos de pesquisa, o MAS também enfrentou uma tentativa de impugnação do partido, por iniciativa de partidos e organizações de direita que apoiaram o golpe de Estado. Contudo, esta foi rejeitada pelo Tribunal Eleitoral. Também já houve há um caso de lawfare diretamente contra o candidato do MAS, Luis Arce, que horas depois de ser anunciado como presidenciável do partido foi envolvido em um processo de corrupção que já estava aberto a meses, e que até então não o havia citado nem como testemunha.