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O encontro entre Juan Guaidó e Mike Pompeo nesta segunda-feira (20), na Colômbia, foi o primeiro passo de toda uma turnê mundial do deputado opositor venezuelano, que contará com o evidente apoio político e logístico dos Estados Unidos.
Guaidó apareceu de forma surpreendente na Colômbia, já que responde a processos em seu país e estava proibido de cruzar a fronteira. Participou de um evento no qual também estava presente o chefe da diplomacia estadunidense, e teve com ele uma longa reunião a portas fechadas.
Depois do encontro, que parece ter confirmado o status de Guaidó como representante da estratégia política estadunidense na Venezuela, ambos os lados anunciaram a agenda de viagens de Guaidó pelo mundo, que tem sua primeira parada nesta quarta-feira (22), em Londres.
Guaidó agora é somente um deputado, embora ainda afirme ser o presidente da Assembleia Nacional (mas, na verdade, perdeu a reeleição para o oposicionista Luis Parra, no dia 5 de janeiro) e também o presidente interino da Venezuela (discurso que só tinha alguma sustentação quando ele presidia o Poder Legislativo).
Inicialmente, o principal objetivo da viagem do deputado é reforçar sua legitimidade, com o apoio dos Estados Unidos ao relato de que Guaidó mantém os cargos que atribui a si mesmo.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deu a entender isso, ao explicar sobre o conteúdo de sua conversa com o deputado opositor venezuelano: “estamos juntos (com Guaidó) neste projeto que logo dará um resultado: Maduro vai embora e o povo da Venezuela terá eleições livres e justas”.
Por sua parte, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, afirmou que “Mike Pompeo veio à Colômbia para apoiar a ultradireita, e os partidos que apoiam o modelo neoliberal e antipopular na América do Sul, onde querem criar conflitos que buscam favorecer a manutenção desse modelo e os interesses dos Estados Unidos na região”.