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Nesta quinta-feira (16), o Parlamento da Rússia elegeu Mikhail Mishustin como novo primeiro-ministro do país, em substituição a Dmitri Medvedev, que renunciou ao cargo no dia anterior.
Mishustin foi eleito com 383 votos a favor e nenhum contra – é a primeira vez desde 1996 em que nenhum deputado vota contra uma candidatura a chefe de governo, o que não significa que houve unanimidade, já que se registraram 41 abstenções.
A candidatura de Mishustin foi proposta pelo presidente Vladimir Putin, razão pela qual não há porque duvidar que o novo primeiro-ministro conta com o apoio do presidente. Seu cargo tem como missão a de determinar as principais linhas de atividade do governo e apresentar propostas ao presidente sobre a estrutura dos órgãos executivos federais.
Idealizador das iniciativas destinadas a promover a popularização das novas tecnologias na Rússia, Mishustin participou dos estágios iniciais da criação do sistema de computador do Serviço Fiscal russo, e é famoso em seu país, tido como o responsável por essa agência ser é atualmente reconhecida como uma das mais avançadas do mundo.
Como chefe do Serviço Tributário e, graças à adoção de alta tecnologia, ele conseguiu aumentar a cobrança do imposto sobre o valor agregado (IVA) e dos impostos sociais.
A eleição de Mishustin encerra o episódio iniciado com as renúncias de quarta-feira, e permite a retomada da agenda parlamentar, com prioridade ao projeto de emendas constitucionais de Putin, que, segundo a imprensa europeia, diminuiria as atribuições do seu sucessor na presidência, e daria maiores poderes ao primeiro-ministro e ao parlamento, a partir dos próximos mandatos.