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Foi publicado nesta quarta-feira (3), em Moscou, um decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin, que suspense o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário.
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O tratado suspenso foi estabelecido em 1987 pelos Estados Unidos e a então União Soviética, assinados pelos então presidentes Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev (respectivamente), e previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5,5 mil km.
Putin justificou a medida dizendo que “a persistente relutância de determinados países em aceitar a multipolaridade do mundo resulta em tensões crescentes e mina a estabilidade estratégica e impede a cooperação”.
A resposta dos Estados Unidos foi a rápida elaboração de um plano de contingência, para a eventualidade de um ataque nuclear russo. Ao menos é o que confessou o chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, general David Goldfein.
“A primeira reação chamar o comandante-chefe das forças conjuntas da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Europa, general Tod Wolters, que me dirá o que precisa para se juntar às forças da OTAN, a fim de parar a atividade do inimigo e reduzir os seus objetivos”, descreveu Goldfein.
Segundo o site russo Sputnik News, os Estados Unidos e a OTAN instalaram sistemas de defesa antimísseis em países estratégicos como Romênia e Polônia, entre outros. Além disso, também há plataformas de lançamentos de aviões que podem reagir rapidamente.
O segundo passo do plano de contingência de Goldfein seria acionar o NORAD (sigla em inglês do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte), um sistema de defesa contra mísseis balísticos intercontinentais. A terceira e última seria enviar um comando para os submarinos com armas nucleares.
Também segundo o Sputnik News, o Kremlin afirmou oficialmente que seu decreto “não é uma declaração de guerra”, e que “quem violou o acordo pela primeira vez foram os Estados Unidos”.