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O diplomata uruguaio Luis Almagro, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), voltou a fazer declarações contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em entrevista realizada nesta quinta-feira (27), como reação ao relatado pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a ex-presidenta chilena Michelle Bachelet, que fez avaliações consideradas favoráveis ao mandatário bolivariano.
Em coletiva prévia ao início da 49ª Assembleia Geral da OEA – que acontece a partir desta sexta-feira (28), em Medellín, na Colômbia –, Almagro afirmou que as impressões de Bachelet são “incorretas”, e que “todas as ações internacionais que ajudem Maduro a permanecer no poder, como as afirmações como da Alta Comissária de Direitos Humanos, são um castigo duríssimo para o povo venezuelano, porque dão fôlego a um regime cruel”.
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Bachelet visitou a Venezuela durante a semana passada (entre 18 e 21 de junho), e realizou reuniões com representantes do governo de Maduro e com diferentes setores da rachada oposição, além de líderes de organizações da sociedade civil. Ao final da viagem, a Alta Comissária afirmou estar “preocupada com o fato de que as sanções impostas este ano pelos Estados Unidos estão exacerbando uma crise econômica pré-existente”.
A análise da ex-presidenta chilena parece ter enfurecido Almagro, que rebateu dizendo que “se é para falar do efeito das sanções ao povo venezuelano (...) a sanção mais dura é a da corrupção do sistema madurista, e a Alta Comissária de Direitos Humanos deveria ter começado por este ponto”.
Por sua parte, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira (26) que seu governo será “implacável” contra novas tentativas de golpe de Estado por parte da oposição.
Segundo o meio chileno El Desconcierto, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos deve publicar o parecer oficial sobre sua visita à Venezuela somente no dia 5 de julho.
Com informações do Deutsche Welle e do El Desconcierto.