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O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, afirmou nesta terça-feira (25) que avião não tripulado estadunidense que foi derrubado na quarta-feira passada (19) pelo Irã violou o espaço aéreo desse país antes de ser atacado.
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“A informação que o Ministério de Defesa russo levantou é que ele estava em espaço aéreo iraniano quando houve o ataque”, afirmou, horas depois de uma reunião em Jerusalém com o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, e o secretário do Conselho de Segurança Nacional israelense, Meir Ben Shabbat.
No mesmo encontro em Jerusalém, Patrushev comunicou os Estados Unidos e Israel sobre os acordos que a Rússia estabeleceu a respeito da maioria dos conflitos dentro do território da Síria, agregando que, agora, os diferentes grupos étnicos envolvidos no processo terão que dialogar para buscar as melhores vias para consolidar esses acordos.
Até a tarde de ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantinha uma postura de insistir em impulsar retaliações contra o Irã, como resposta ao ataque ao drone, que ele assegura que foi atacado quando se encontrava em espaço aéreo internacional. A reação pretendida poderia ir desde maiores sanções econômicas até um ataque aéreo com drones.
Contudo, a presidenta da Câmara de Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, pediu publicamente que a postura dos Estados Unidos seja “estratégica e inteligente”, e afirmou que o povo do seu país não está a favor de uma guerra contra o Irã. A declaração de Pelosi produziu uma reação de apoio da banda do Partido Republicano de apoio ao presidente Trump.
A Constituição dos Estados Unidos concede ao Congresso o poder de autorizar e declarar guerra. Entretanto, as últimas administrações impulsaram ataques militares sem a aprovação do Congresso, por meio da Autorização para o Uso da Força Militar, mecanismo criado em 2001 para casos específicos de ameaça terrorista. Alguns críticos da política estadunidense consideram que esse subterfúgio já foi usado anteriormente para possibilitar ataques que não tinham a ver com ameaças terroristas, e que Trump já fez alusões de que pode fazer o mesmo desta vez, para usá-lo contra o Irã.
Com informações do RT e do Deutsche Welle.