Mídia dos Estados Unidos ignora visita de Moro ao país

A passagem do ministro da Justiça Sérgio Moro por terras estadunidenses, que se iniciou no sábado (22) e vai até o dia 27, não tem recebido nenhuma atenção da imprensa local até o momento, nem nos grandes jornalões ou meios televisivos do país, nem na imprensa regional dos lugares por onde passou, e muito menos nos meios de extrema direita, onde costuma ser lembrado. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Na maioria dos grandes diários e redes de televisão pesquisados pela Revista Fórum, as últimas notícias a respeito do ex-juiz têm a ver com sua passagem pelo Senado – inclusive Washington Post e Fox News chegaram a noticiar o fato como o mesmo título. No New York Times, o último destaque sobre Moro foi um artigo afirmando que as revelações do escândalo Vaza Jato deveriam fazê-lo renunciar ao Ministério da Justiça. A menção mais recente sobre ele, em artigo publicado neste domingo pelo Wall Street Journal cujo destaque é a dificuldade de Bolsonaro de avançar com sua agenda conservadora devido às travas de uma “Suprema Corte esquerdista” (segundo o jornal estadunidense, que parece não estar muito bem informado nesse quesito), sua presença no país não é mencionada, mas sim os problemas que enfrenta após o escândalo Vaza Jato, e a possibilidade de que Lula seja beneficiado esta semana com uma decisão do STF que poderia ser afetada por essas notícias. Apequena cidade de El Paso (Texas), onde fez sua a primeira parada de sua visita, o El Paso Times tampouco fez menção alguma sobre a presença de Sérgio Moro às agências de controle fronteiriço, para articular a criação de um centro migratório no Brasil inspirado na política de Donald Trump. A visita de Moro não foi lembrada nem mesmo em meios da extrema direita, como o Breitbart News (do empresário Steve Bannon, ligado a Bolsonaro e líder da rede internacional de partidos extremistas), cuja última notícia sobre ele é somente para dar voz à sua defesa como “vítima de uma vingança, por ter liderado a luta contra a corrupção”.